quinta-feira, 27 de outubro de 2011

A PARTIDA



É com grande tristeza que vejo a partida de bons amigos para outras paragens. O país e os sucessivos energúmes que o têm dirigido, os pseudo-empresários sem escrúpulos, a mentalidade do lucro como único objectivo de vida de quem mais tem, a ganância de quem é pobre de espírito... Todos esses a isso os obrigam. Toda essa corja é que deveria sair daqui corrida ao pontapé. Na maioria, são pessoas que se tivessem de prestar contas à justiça como qualquer comum cidadão tem que o fazer à luz da lei que nos rege, estariam presas. É disso que se trata este mundo em que a globalização e o Capitalismo estão a transformar cada vez mais numa comunidade Dono/Escravo. Com a partida iminente de alguns desses amigos de quem falava no início, e a saudade de quem já partiu há muito em busca de uma vida digna, tenho vivido dias tristes. Por hoje, a minha tristeza é canalizada para uma palavra de amizade a quem parte agora obrigado a trocar o nosso convívio pela esperança num futuro que por cá não se vislumbra. A todos esses verdadeiros amigos o meu muito obrigado por tudo, toda a sorte do mundo e que regressem um dia (embora saiba que isso seja muito difícil) quanto mais cedo melhor, com todo o sucesso que almejam. 

terça-feira, 25 de outubro de 2011

AOS AMIGOS

 Não é do meu hábito publicar algo que não tenha sido escrito por mim. Nem pensado sequer, mas há sempre uma excepção. Há pouco tempo, em conversa com uma amiga num chat, lembrei-me deste mail que um dia me foi enviado por um outro amigo e que guardei religiosamente pelo que provocou em mim no dia em que o li. Hoje partilho com quem o quiser ler com o mesmo sentido de amizade de quem um dia o partilhou comigo. Se já leram este texto, é sempre bom relembrar. Se é a primeira vez, é sempre bom conhecer. Amigos... fiquem com Fernando Pessoa:


 

"Um dia a maioria de nós irá separar-se. Sentiremos saudades de todas as conversas atiradas fora, das descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que partilhámos. Saudades até dos momentos de lágrimas, da angústia, das vésperas dos fins-de semana, dos finais de ano, enfim... do companheirismo vivido. Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre. Hoje já não tenho tanta certeza disso. Em breve cada um vai para seu lado, seja pelo destino ou por algum desentendimento, segue a sua vida. Talvez continuemos a encontrar-nos, quem sabe... nas cartas que trocaremos. Podemos falar ao telefone e dizer algumas tolices... Aí, os dias vão passar, meses... anos... até este contacto se tornar cada vez mais raro. Vamo-nos perder no tempo... Um dia os nossos filhos verão as nossas fotografias e perguntarão:  "Quem são aquelas pessoas?" Diremos... que eram nossos amigos e... isso vai doer tanto!
- Foram meus amigos, foi com eles que vivi tantos bons anos da minha vida!
A saudade vai apertar bem dentro do peito. Vai dar vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente...
Quando o nosso grupo estiver incompleto... reunir-nos-emos para um último adeus a um amigo. E, entre lágrimas, abraçar-nos-emos. Então, faremos promessas de nos encontrarmos mais vezes daquele dia em diante. Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vida isolada do passado. E perder-nos-emos no tempo...
Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixes que a vida passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades.. Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!"

                                       
      
 "O valor das coisas não está no tempo em que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis" - Fernando Pessoa





 

AOS AMIGOS:

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

NOVAS OPORTUNIDADES



 Não sei o que vocês pensam acerca de tudo o que envolve as tão polémicas Novas Oportunidades. Quando li sobre os contornos desta formação pensei o que provavelmente a maior parte dos portugueses pensou: "Olha que treta!!! Este Sócrates, põe as pessoas a fazer uns desenhos e tal... e passadas umas semanas têm a escolaridade complementar! Só interessam mesmo as estatísticas". Pois bem, um dia chegou até mim a possibilidade de acabar também eu o 12º. Na altura deixei Físico-Química para trás e pensei: "Que diabo, se as regras são estas, tenho que me adaptar a elas. Não posso faltar, mas aparte disso n deve ser difícil. 150 horas de seca e lá fico eu a saber o equivalente a formulas químicas, Tabela Periódica, etc." E foi com este espírito que iniciei a 1ª formação: Argumentação e Assertividade. E passamos as primeiras 2 horas à espera de ver esclarecidas as muitas dúvidas acerca de tudo que rodeia a burocracia do ensino de hoje em dia. Não conhecia absolutamente ninguém o que me reforçou a ideia: "Isto  vai ser penoso". Foi uma formação muito virada para questões práticas, com muitas dinâmicas tão embaraçosas quanto divertidas. A meio da formação já estava de tal forma inserido que já me sentia animado só por saber que ia ter aulas naquele dia. A turma revelou-se fantástica e a formadora (Susana), uma pessoa absolutamente encantadora, daquelas que vale a pena conhecer seja em que altura for da nossa vida. Entretanto, como tudo tem um fim, lá chegou a 50ª hora e o fim da dita formação. Nem deu para sentir saudades já que iniciou uma 2ª na semana seguinte. A nossa querida formadora Susana não iria estar connosco mas a turma manteve-se e foi acrescentada por mais outros tantos formandos. Desta vez foi a vez da Dina nos sensibilizar durante 50 horas para o Meio-ambiente e Sustentabilidade do planeta. Como já não precisamos de adaptação, tudo foi mais simples. Criamos um blog e fizemos inúmeros trabalhos que apesar de não ter um grau de exigência muito elevado, foram bastante trabalhosos. No fim, agora sim, a separação de todos os colegas (à excepção do Bruno e da Tracy) com quem tinha partilhado já 100 horas de aprendizagem e que de alguma forma me marcaram. Mas nem deu tempo para descansar porque já havia Ética e Deontologia ali á porta. Três dias de intervalo e de novo estaca zero, desta vez para a minha última formação necessária á conclusão do 12º ano. Foram mais 50 horas com bastantes trabalhos, alguns deles de morosa execução, em que o novo formador Rui se entreteu, com bastante sucesso, a tirar alguns dogmas da nossa cabeça. No final, e de novo validado o módulo, o trabalho custou mas valeu a pena: 12º ano no bolso. Não sei se algum dia servirá de alguma coisa na progressão da carreira ou na obtenção de um novo emprego mas no que me diz respeito apenas á minha pessoa, posso garantir com toda a certeza que valeu muito a pena. Conheci muitas pessoas, cada qual com um percurso e história de vida diferentes, com as suas dificuldades, com as suas vivências, mentalidades... E que mais nos pode enriquecer senão este tipo de partilha? Pela minha parte estou eternamente grato a todos que fizeram parte do meu percurso nas tais Novas Oportunidades. Podem dizer que é injusto concluir o 12º ano desta forma. E até tem a sua razão quem assim pensa, mas por outro lado, será justo uma pessoa ser excluída de concursos para um emprego numa barbearia (por exemplo), apenas porque não saber a Tabela Periódica, mesmo tendo concluído todas as outras disciplinas? Foi mesmo disso que se tratou a maior descoberta ao fim de 150 horas de formações:  A Tolerância! Por mais razão que nos assista na nossa forma de pensar, haverá sempre outras formas de pensar igualmente válidas que desconhecemos porque simplesmente as desprezamos. E pasme-se: Muitas vezes são mais completas que todos os nossos dogmas acerca da matéria!






TRABALHOS


Na formação de MEIO-AMBIENTE e SUSTENTABILIDADE, o trabalho final foi criar uma campanha de sensibilização ambiental. O trabalho era em grupo e em grupo o fizemos. Calhou-me em sorte o Bruno, que se veio a revelar como pessoa e como colega de turma, absolutamente fantástico. Este foi o nosso trabalho que no fim acabou por emocionar, para grande orgulho nosso, parte do nosso grupo.





Quando o nosso formador de ÉTICA E DEONTOLOGIA nos mandou escolher um valor (respeito, tolerância, igualdade, generosidade, etc,etc,etc) a nosso gosto e fazer um trabalho sobre ele, nem pensei duas vezes: Escolhi para mim a Liberdade e aproveitei a ideia da formação anterior para um clip. Procurei uma música que transmitisse o pretendido, umas imagens a preceito e cá está o resultado. Espero que quem o veja, consiga retirar algo positivo, por mais pequenino que seja, do trabalho, nem que seja o breve prazer de ouvir a música.


quinta-feira, 22 de setembro de 2011

HARD CLUB vs TABERNA DOS BARBAROS


"... e o poder do sorriso contagia..." (S.P.B.)



HARD CLUB

Foi no passado dia 9 de Setembro e após 3 meses de espera que o tão ansiado ansiado dia chegou. E por incrível que pareça nem sequer chegou em boa altura. Dá que pensar, como é que com 3 meses de antecedência não houve a calma necessária para preparar  um bom espectáculo com a tranquilidade desejada. Pois bem, Agosto foi mês de férias para uns... e trabalho a dobrar para outros (com o consequente desgaste) por via de quem teve de férias nos seus trabalhos. Bad Bones foi o maior exemplo. Teve um mês absolutamente desgastante e chegou ao inicio de Setembro sem a condição física ideal para o trabalho que a sua técnica de bateria exige. Os ensaios foram na maioria das vezes a 4 e por vezes mesmo a 3 devido ás ausências de quem esteve de férias. O pânico só não se instalou entre nós devido à alguma experiência por nós já adquirida neste tipo de situações e à manifesta confiança que temos em nós próprios como banda. E chegada a hora não defraudamos (penso eu) quem de nós esperava algo de muito positivo. Foi o caso dos responsaveis pela Raising Legends e claro, de toda a gente que se deslocou à mítica sala de espectáculos para nos ver. Retomamos o velho hábito de abrir com um intro especialmente concebido para aquele dia em particular, para de seguida abrir as hostilidades na sala com a Gasolina de Meet the Gasoline Man. Como fomos a primeira banda da noite, a sala ainda não estava muito composta. Missed Bliss e Lords From Nowhere trataram de encher uma sala que a meu ver ainda estava a tentar entender o que lá se estava a passar. Friday 13, She Said, Into The Madness, Shoot entre outras ajudaram a criar um ambiente efervescente e em ritmo crescente. Muita gente a dançar ou junto ao palco mesmo ali á nossa beira, puxaram pelo nosso entusiasmo ainda mais. Dancing With My Deamons em versão alargada digna dos famosos Extended Plays em vinil, levou a sala ao rubro para depois fechar com uma novidade You Know What I Mean, um tema que estreamos ao vivo. No final, sorrisos de satisfação, muitos elogios de gente anónima e promessas de contactos futuros deram-nos o feed-back que todos desejavamos. Ah, e ninguém se lembrou das férias ou do cansaço físico de nenhum de nós, pelo menos durante aqueles 45 minutos.

vs
TABERNA DOS BARBAROS

Uma semana depois foi a vez de sermos acolhidos na Taberna dos Bárbaros, um bar em Vila Nova de Gaia a cerca de 5 minutos a pé do famoso Hard Club, pertença de um grande amigo de longa data a quem quisemos prestar a nossa homenagem por tudo em que já nos ajudou: Rui Barros. O contexto foi completamente diferente. Desta vez, seria um concerto descontraído, muito intimista e como a falta de disponibilidade voltou a imperar, fomos só 4 elementos devido à ausência do nosso baixista Marcos Zen. O local bastante pequeno sem camarins nem luzes, onde o palco foi  improvisado usando um simples tapete preto. A bateria foi montada à imagem de uma banda rockabilly, sem qualquer timbalão e apenas com o ride e hit-hat. Usamos amps do mais reduzido porte que encontramos, um som onde da distorção só existia um pequeno cheirinho. Desta vez não houve intros nem passagens. Muito mais diálogo e pausas entre as músicas do que o habitual, afinal estavamos entre amigos e num concerto só para eles. E lá fomos tocando o alinhamento a que nos propusemos até que já perto do fim, tivemos de improvisar alguns temas que não estariam nos nossos planos devido à exigência do público presente. Terminamos com uma versão de um hit dos anos 80 que fez toda a gente dançar e onde nos misturamos com todos os amigos lá presentes. Já não havia palco nem plateia, eramos todos num só e numa comemoração à amizade e à boa disposição. Pelo meio tempo houve para as participações do próprio Rui Barros no baixo na Missed Bliss e da Lu nas vozes da Friday 13. Já depois de nos termos despedido do referido tapete, voltaram a ligar-se os amps para a participação do Gustavo e do Tiago dos Shelby Blues Band. Juntamente com o ritmo imposto pelo Bad Bones deram a quem lá esteve um espectaculo de blues do melhor estilo, acabando com Pepperboy e Baby Face a seu lado numa quase Jam Session. No final, muitos sorrisos, muita boa disposição e um elevado sentido de amizade entre os presentes. Como é bom poder atuar num ambiente destes em que não há banda nem espectadores nem organização nem anfitrião: Apenas bons amigos!




segunda-feira, 22 de agosto de 2011

NESTA DATA QUERIDA....




Alguém se lembra do dia em que passou a ser grande? Acho que não. Diria mesmo que esse dia não existe. Mas descubri hoje que estava errado. Afinal esse dia existe, pelo menos num mundo paralelo e para alguém que admiro muito esse dia é hoje. Por isso cá vai a minha dedicatória acompanhada de um beijinho:





FELYZ ANYVERSÁRYO MRS Y




terça-feira, 16 de agosto de 2011

MAGYA COM Y, FEITIÇOS COM S e JACKPOTS DE B A ZI.




"Divagações sobre coisas que não interessam a ninguém" - (Mrs Y)







TEORIA SOBRE A MAGIA:  Já toda a gente ouviu falar ou em alguma altura da sua vida se interessou por magia. Tal como tudo, a magia tem várias caras conforme as necessidades: Magia Negra, Magia Branca, Feitiços, Encantamentos, etc... Todos nós conseguimos distinguir estas magias? Confesso que ficava confuso entre um Encantamento e um Feitiço mas tinha para mim que o Feitiço seria mais malévolo que um Encantamento, vá-se lá saber porquê. Em conversa com um amigo surgiu essa "discussão" entre tipos de mágicas. Podiamos ter falado sobre tanta coisa, mas nesse dia lá calhou divagarmos sobre o que move personagens como Merlin, Mandrake, Gandalf ou mais recentemente Harry Potter. Ao chegar a casa a curiosidade mantinha-se. Fui pesquisar. Não foi fácil encontrar o que procurava no meio de tantas receitas para o sucesso que mais pareciam autênticos livros de auto-ajuda. Por cruzamento da vária informação consultada, concluí que Feitiço é uma magia permanente. Só é quebrado com um feitiço ainda mais forte ou um contra-feitiço. Caso contrário fica assim pra sempre. Já o Encantamento é sempre temporário. Mais leve que o feitiço é supostamente mais simples de realizar, mais eficaz a curto prazo mas sempre sempre de curta duração. No nosso dia-a-dia dizemos muitas vezes: "Fiquei encantado com ela" ou então "ela enfeitiçou-me de uma maneira..." Encantado ou enfentiçado por alguém? Pois tenham cuidado, que é bem diferente...







 MAGIA OU MAGYA: Eram 9 da manhã de um qualquer dia de semana. Depois de quase 9 horas de trabalho nocturno ainda tinha uma hora de viagem para fazer com o sono a ameaçar a confusão que se instalava na minha cabeça há já vários dias. Dei por mim mergulhado em pensamentos e mais pensamentos que me punham num beco de ideias sem saída onde de um lado tinha o inevitável muro intransponível típico dos filmes passados nos subúrbios Nova Yorkinos, e do outro as sombras de vários fantasmas recentes. O que fazer? Não me parecia fácil sair dali. Quase como por magia abriu-se uma brecha no cimento. Era uma espécie de porta secreta. Uma porta tão irreal quanto improvável. Fiquei curioso e dei por mim a espreitar para o outro lado sem receios. Deixei-me levar, deixei que me levassem os pensamentos e eles foram sem resistência. Dei por mim a imaginar a forma de passar pelo intervalo dos fantasmas que tinham ficado no beco à minha espera. Sem perceber como, já estava do outro lado da porta secreta, qual Alice no país das Maravilhas. Estava agora num mundo diferente que definitivamente não era o meu. Um mundo irreal, feito de encantamentos onde teria de recorrer à poesia que não tenho para descrever o bem estar que me era proporcionado. Finalmente os meus pensamentos não tinham obstáculos. Em breves instantes todo o meu universo de torturas e dúvidas internas se desvaneceu. Era como ter descoberto a arca dos tesouros, o trilho que procurava, uma auto-estrada de ideias... neste caso a diferença está na letra Y. Num mundo onde cada vez mais somos obrigados a viver em alta rotação, encontrei uma porta para uma outra dimensão onde o tempo anda devagar, há tempo para respyrar, sentyr a brysa, a maresya com os encantamentos como companhya e onde a vyda pode ser realmente um local aprazývel... O único problema é que agora sabemos que todos os Encantamentos são temporários. Enquanto este durar, vou aproveitá-lo. Thank you Mrs Y!





 JACKPOT: De volta ao mundo real, dei por mim a pensar depois de ouvir o toque de uma sms a entrar no meu telemóvel: Quem será? O que quererá? O melhor seria mesmo naquele espaço de tempo entre o sair do banho e o acto de pegar no telemóvel para ler a tal sms, imaginar qual a melhor mensagem que poderia estar guardada para mim. Entre o surreal: PARABÉNS, GANHASTE O EURO-MILHÕES e o mero convite para sair, não consegui imaginar nada. Tal como a resposta à habitual pergunta da minha mãe: "Há alguma coisa em especial que queiras para o natal? - NÃO, NADA!!" Assustador??? Não, nada! Não vejo isso como falta de objectivos ou algum tipo de vazio na vida. Vejo pelos olhos de quem neste momento já tem quase tudo que quer. Claro que não tenho o prémio do Euro-milhões, mas tenho uma estabilidade necessária a todos os níveis. Um dia, em conversa com uma daquelas pessoas muito especiais disse-lhe que não trocava a amizade dela por um qualquer jackpot milionário. Para mim outra coisa não faria sentido e talvez por isso, fiquei surpreso com o ar de surpresa dela. Hoje a amizade está diferente. Talvez tenha sido um encantamento que tenha chegado ao fim, mas não quero pensar assim até porque não acredito nisso, mas continuo a pensar de forma inequívoca que não trocaria essa amizade pelo maior jackpot da história mesmo que tal fosse possível. Por outro prisma não há notas de 500 euros que me façam melhor companhia num jantar, café, numa tertúlia, filme ou saída que essa pessoa especial ou uma qualquer outra amiga de B. a ZI. São esses pequenos prazeres da vida que, tal como os feitiços, duram mais tempo e compõem a palavra FELICIDADE. E por falar nisso, será que Feitiço se pode escrever com a letra S?




"COMUNISTAS" AMERICANOS EM VIGO








É sempre um dia marcante aquele em que realizamos desejos. Ontem 
foi um dia desses. Já há muito tempo tinha perdido a esperança de ver os californianos BAD RELIGION ao vivo apesar de já cá terem vindo a Portugal há uns anos atrás ao Paredes de Coura. Ontem estiveram em Vigo e desta vez não perdi a oportunidade. Foi também uma oportunidade para um excelente convívio com bons amigos que o tempo o as vidas pessoais se encarregam de afastar, unidos pelo Punk-Rock. Cerveja, boa disposição e boa comida de tasco galego ajudaram à tarde e principio de noite.





É daqueles concertos que sem ter uma qualidade muito grande é vivido com intensidade pela paixão que temos pela banda. Por mim gostaria mais de um alinhamento à base do AGAINST THE GRAIN ou do GENERATOR, mas eles tinham outros planos. Ainda assim vê-los tocar Sinister Rouge, Social Suicide, Punk Rock Song, You ou Infected foi qualquer coisa. Conseguiram levar o recinto ao rubro com alguns temas mais fortes: 21st Century Digital Boy, Atomic Garden, Generator e claro American Jesus. Fecharam com a Sorrow um concerto que apesar de tudo soube a pouco. Ficou para o fim uma viagem de automóvel numa noite de nevoeiro cerrado e dois copos à chegada ao Porto para festejar o aniversário de outro grande amigo que por cá tinha ficado. É disto que a felicidade é feita.



sexta-feira, 5 de agosto de 2011

VILA REAL

Era um dos concursos por mim mais aguardados. Apenas 3 dias após uma desilusão organizativa chamada Milhões de Festa, chegou o 1º dia do Rock Nordeste. Foram antes de mais nada 2 horas de viagem por entre o Marão e a IP4 em péssimo estado. O calor infernal que se fazia sentir, não ajudou a uma viagem que até acabou por ser mais agradável que as condições faziam prever. Já em Vila Real uma constatação: Nada seria como Barcelos e o seu Milhões de Festa: Uma organização fantástica, duas bandas já nossas conhecidas: Os Cityspark (antigos Other Side) e os inevitáveis Dynamite Trust e um ambiente bem agradável com grande parte da cidade a participar. O convívio foi deveras fabuloso. No final, a nossa prestação não foi tão boa como desejariamos mas há dias assim. Fica o agradecimento a todos os nossos amigos presentes e uma palavra de apreço à organização que provou estar à altura do que de melhor se faz em termos de concursos de bandas a nivel nacional.
Quem quiser espreitar, sempre pode ver o vídeo da reportagem que o Porto Canal fez acerca do evento.



quinta-feira, 21 de julho de 2011

FOTOS COM HISTÓRIA

Welcome to my world


O que tenho eu a dizer acerca de fotografias? Confesso q nunca fui grande adepto. Talvez por me sentir pouco fotogénico, nunca achei grande piada a esse ritual de fazer pose para uma camera num qualquer evento social. Grande parte da minha vida nem sequer está documentada. No entanto a maior parte das pessoas que me rodeia felizmente não pensam assim e fruto da persistência de vários amigos, lá vou ficando com alguns momentos registados para a posterioridade. São uma pequena parte deles que partilho agora convosco:









Matosinhos 2009
 Blá Blá 2009: Cá está um exemplo. Um momento muito especial! Tinhamos acabado de mudar de formação e o nosso ritmo de concertos ao vivo estava a zero. Já não tocavamos há bastante tempo quando nos surge um convite tão honroso quanto inesperado. Uma banda já com algum relevo no panorama rock portuense, os Mean Rock Machine, aparentemente encontraram-nos no myspace e convidaram-nos a abrir o concerto deles. Se fosse hoje diria que tivemos muitas falhas, mas para a altura foi soberbo, um concerto cheio de alma, para não falar da excelente moldura humana. Senti a partir daí que os dados estavam lançados e Old Gun era uma máquina em andamento que já nada a poderia parar. Estreia ao vivo nos coros vocais, também por isso foi um marco.





Corroios 2011
 Concurso de Musica Moderna de Corroios 2011: Um dos concursos mais prestigiados a nível nacional. Curiosamente já com Sonic Whip tinhamos sido seleccionados mas acabamos por cancelar. Desta vez fomos até ao fim! Até ao fim que é como quem diz: Apanhamos uma excelente banda na nossa eliminatória chamada Skills and Bunny Crew que nos deixou pelo caminho antes da final. Pelo meio há dois dias de viagem (ida + volta) fantásticos com direito a passagem por Óbidos e uma estadia num hotel de 4 estrelas na Costa da Caparica... A actuação propriamente dita marca a estreia de todo um novo conceito visual: O capacete, os óculos, o blusão de couro, o lenço do Bad Bones... Foi por isso outro palco de referência no nosso percurso, sem falar na excelente foto que consegui.  Talvez a mais artística que ainda hoje possuo.



 


Pepperboy/Jesse Hughes/Gasoline
 Optimus alive 2009: Calma, não tocamos lá. Estivemos apenas como tanta gente a assistir a Placebo, Prodigy, Blasted Mechanism... Mas nada disso nos empolgava. O nosso objectivo era bem diferente e mais focalizado: Uma banda norte-americana, desconhecida da maioria dos portugueses que ia tocar 40 minutos ás 6 da tarde. O seu nome? Eagles Of Death Metal. Foi um dia inesquecível em que eu, o Pepper e o Panic (o nosso ex-baterista que não está na foto porque alguém a tinha de tirar) nos fizemos à estrada 2 vezes fazendo Gaia-Algés-Gaia em menos de 20 horas. Valeu por tudo, em especial pelo concerto absolutamente fantástico dos EODM e ainda como bonús, conseguimos uma foto com o seu frontman, e nosso ídolo, Jesse "the devil" Hughes. A perfect day...




Num grande palco
  United in Sound 2010: 6 de agosto e jogavamos em casa. No único concurso que participamos em Vila Nova de Gaia, a organização resolveu juntar as bandas a concurso (2 por noite) com uma das bandas consagradas que faziam o festival Rock ás Sextas. A nós calhou-nos em sorte... os Mão Morta. Foi mais uma noite inesquecível, partilhar o palco com esse mito conhecido por Adolfo Luxúria e Canibal e companhia. O concerto em si correu-nos muito bem e a moldura humana que compunha o largo do mosteiro da Serra do Pilar era impressionante. Palco de dimensões estrondosas, com som e luz à profissional... Não ganhamos, mas participar já foi o prémio que nunca imaginamos anteriormente.







Com os nossos amigos Dynamite Trust
 Rock n Bee 2011: Mais um concurso, desta vez em Mondim de Basto. Este teve o condão de ser especial também pelo "anfitrião" que lá tivemos. Nada menos que um grande amigo meu que uns tempos antes se havia mudado para lá. Pelo reencontro era também uma data aguardada com grandes expectativas por mim. Quanto à eliminatória, o doce sabor do reconhecimento bateu-nos na porta ao de leve. Nunca até aí tinhamos ganho nada... e também não foi em Mondim... no entanto deparamo-nos com uma banda de uma qualidade brutal. Vinham de Guimarães e davam pelo nome de Dynamite Trust. Traziam uma verdadeira legião de fans com eles, o que deu um ambiente fantástico à noite. O resultado foi soberbo: passamos à final. Nunca antes sentimos esse sabor, o de sermos reconhecidos como merecedores de seguir em frente num concurso quando do outro lado estava uma banda tão boa. Foi uma viagem de regresso absolutamente em alta, a relembrar pormenores, emoções, etc.

Guimarães em peso, nós e uma foto memorável

Quinze dias depois voltamos ao mesmo local, desta vez para a grande final. As outras bandas finalistas eram os "incríveis" de Almada Red Lizzard, e uma banda do Porto que já em tempos se haviam cruzado connosco, os Qing of Qong. Fomos nós quem fechou o concurso. Foi uma boa actuação em que não faltou nada: garra, paixão, atitude... até amigos que quiseram partilhar connosco aquele momento, à excepção, com grande pena minha, do anfitrião Manel que nesse dia não estava por Mondim. Alguns foram de tarde connosco, outros foram lá ter para o jantar, e houve até quem fosse sozinha vinda de uma outra cidade mais a norte (um procedimento que haveria de se tornar num hábito, que muito valorizo e do qual me faltam as palavras para descreve-lo). No fim, a votação do juri para o primeiro lugar saldou-se num empate. E a decisão do desempate ãcabou por ser favorável aos Qing Of Qong connosco a ocupar o honroso 2º lugar à frente dos Red Lizzard que um par de meses depois, muito justamente, haveriam de abrir o concerto de Bon Jovi em Alvalade. Ficou sobretudo das duas noites uma fantástica camaradagem que as fotos registaram.



 
  

O Encanto da Cidade-berço
Amizade sem preço: Sempre me considerei uma pessoa com sorte. Os amigos à minha volta não me param de surpreender com as suas manifestações de carinho e amizade. Essa é para mim a grande motivação que encontro nos dias que as coisas não correm bem, onde o som não presta, ou o palco não tem condições, ou o espirito está mais em baixo...

"Baby" Lady Sue

São de facto eles/elas que me fazem sentir com a confiança necessária quando tudo o resto falha, ou quando as coisas até correm bem, a grande recompensa nunca é um cheque, nem um convite para novo concerto, para agenciamento, nem os elogios de alguns músicos muitas vezes presentes nos locais.. A grande recompensa é para mim o divertimento, o bater do pé, os movimentos de dança ou simplesmente o sorriso daqueles que me dizem algo. Só assim as coisas me fazem sentido. O que seria de uma grande actuação sem público para a admirar? Qual o propósito de tocar rock sem conseguir divertir ninguém? Sempre tive para mim que um concerto não precisa de ser um work-shop de técnica musical. E quem melhor para nos fazer lembrar disso que não o divertimento de quem assiste?

A Eterna Princesa

Na impossibilidade de referir toda a gente que eu gostaria pessoalmente, faço uma homenagem desta vez a 3 amigas muito especiais que cada uma à sua maneira têm-me feito sentir também eu especial. Ora se deslocam sozinhas desde Guimarães para onde quer que esteja Old Gun, ora nos seguem desde o início para toda e qualquer parte, ora  porque apanham o comboio a meio e não mais o largam. Mesmo dias de semana prejudicando, e de que forma o sono, elas têm estado lá. Sempre que algo falha, tenho nelas a certeza de uma palavra de conforto. Sempre que tudo é apoteótico, lá estão elas para partilharem a alegria do momento comigo.Tendo eu o privilégio de ter amigas assim como posso não ser um homem feliz?




Poucos mas bons no início
  Rockastrus 2011: E a glória bate à porta! Em Julho de 2011 caía o mito! Finalmente ganhavamos um concurso! E que concurso!!!! Bandas como One Big Mob, Approaching Solaris, Comboio Fantasma, Cratera e os nossos já conhecidos Dynamite Trust estavam na corrida e nós conseguimos vencer. Claro que em todos os concursos há sempre o factor subjectivo mas ser premiado com a vitória, é sempre muito gratificante, ainda por cima com bandas desta qualidade. Começamos por conquistar a atenção do público de Esposende na 1ª eliminatória onde fomos apurados juntamente com os Cratera.


Em plena final
 Na semi-final, o nosso concerto perfeito e os Dynamite Trust a acompanharem-nos na viagem até à final, onde juntamente com os caseiros Approaching Solaris e outros amigos do Porto, os grandes One Big Mob fizemos de uma noite junto ao Cávado uma verdadeira festa de convivio, amizade e muito rock.
No fim a vitória parecia-nos irreal, tal era a felicidade. Vencemos também o prémio de melhor banda em palco, que era desde logo a nossa grande aposta, e a exuberância do Bad Bones valeu-lhe o prémio de melhor baterista do concurso. Por fim, como não podia deixar de ser, uma palavra para o nosso público, eleito o melhor das 4 bandas: Fantástico!!! Ultrapassou-nos claramente no brilhantismo. Chapéus, óculos de sol, T-shirts estampadas, e tudo com a agravante de conseguirem manter o segredo até ao fim. A surpresa que tivemos foi imensa e a realização pessoal plena.

Muitas e vencedoras no final










quarta-feira, 20 de julho de 2011

CRUELDADE POR OPÇÃO: O VÍDEO

 O mundo tal como o conhecemos está a mudar. Já não é o mesmo mundo onde crescemos. Perdeu parte da sua pureza, inocência, e mais alguns adjectivos do género que queiramos acrescentar. Os culpados na minha óptica são medidas políticas. Várias. Entre elas destaco as duas que mais mal fazem ao planeta e à nossa descida acentuada de qualidade de vida: GLOBALIZAÇÃO e CONSUMISMO! 

O vídeo que aqui deixo foi feito por mim e pelo Bruno Ferreira no âmbito de uma formação de AMBIENTE e SUSTENTABILIDADE. O texto abaixo complementa as imagens e foi englobado no mesmo contexto.






O QUE ANDAMOS NÓS A FAZER AO PLANETA?

Todos os dias nos surgem avisos de alerta através de notícias, dados científicos, documentários, artigos de opinião entre outros, acerca do estado de saúde do planeta onde vivemos. Efectivamente a preocupação tem vindo a crescer de uma forma abrupta, sem precedentes. Sinal, para os mais distraídos, de que afinal, nem tudo está bem com o meio ambiente. Quem vai estando mais atento a todo este fenómeno, já não tem esta preocupação de agora. Os sinais têm-se vindo a manifestar e a multiplicar com o tempo. Mas afinal quem anda a fazer tanto mal ao planeta? A resposta parece-nos óbvia. Mas afinal o que é que o Homem anda a fazer ao nosso mundo?

A resposta é extensa. Tão extensa que é tema de publicação de vários livros, filmes e várias outras formas de expressão artística e informativa. Comecemos pelo ar que respiramos: Logo pela manhã, que se aproxima de uma cidade dita desenvolvida pode constatar o facto desta estar envolvida numa espécie de névoa. De facto, essa névoa não é mais do que gases poluentes que andam no ar. Para se construir a cidade foi preciso abater todas (ou quase) as árvores que por lá existiam. E aí começa a poluição. Sem árvores, o dióxido de carbono não é transformado em oxigénio. O ar não se regenera. Juntemos agora a mobilidade das pessoas que por lá habitam: Os veículos são quase todos motorizados. Funcionam através da combustão de derivados do petróleo. Os gases tóxicos saem pelos escapes das viaturas e parta onde vão? Para lado nenhum. Ficam ali pelo ar. Além dos carros, há também nas cidades a poluição fabril. O princípio é o mesmo. Muitos gases libertados pelas chaminés de fábricas, poucas árvores e mais gases no ar. Isto falando de uma cidade, parece um conceito de poluição local. Tentemos agora multiplicar pelas cidades ditas desenvolvidas que existem no mundo inteiro. Será assim tão local agora? Parece-me que não! Os gases que passam a residir no ar, tornam-se mais densos, e pesados. Serão eles mais tarde os responsáveis pelo efeito de estufa e consequente aquecimento global do planeta. Serão também eles os responsáveis pela contaminação da água das chuvas. O ciclo da água passa pelo processo de evaporação. Nesse processo, a água no estado gasoso sobe á atmosfera e forma as nuvens. Ao passar pela camada de gases, e porque os gases também se evaporam, vai chegar á atmosfera carregada de toxinas que serão libertadas nas chuvas, chuvas essas que alastram a sua influência nas culturas por todo o mundo. Podemos imaginar como estarão então os alimentos que iremos ingerir amanhã sendo que foram alimentados pelas chuvas ácidas.

E por falar em água… Como estará a saúde da água no planeta, esse elemento tão vital para a nossa sobrevivência enquanto seres vivos? Bem não estará se nos lembrarmos das descargas de resíduos fabris para os rios, mares, etc. E os peixes que por lá habitam? Esses mesmos peixes que serão o nosso alimento para amanhã? Agora que já conhecemos o efeito de estufa e o aquecimento global, podemos fazer um exercício de raciocínio sobre o gelo polar. Ir-se-á manter como conhecemos por muitos mais anos? Claro que não. Efectivamente já nem assim existe. Cada minuto que passa a realidade é diferente e as calotas polares derretem a ritmo assustador. Menos gela, mais água e cada vez mais calor. Será este outro fenómeno local? Não se nos lembrarmos q a falta de arrefecimento que o gelo polar providenciava está a gerar mais calor, menos água e por consequência mais seca e com ela mais fome por escassez de alimentos.

Há também as guerras. A luta pelo poder dizima povos, culturas, gera mais fome, mais seca, mais aquecimento… E perguntamos: Quando é que isto vai parar? A resposta é cruel: Não vai. E porquê? Porque tudo isto faz girar a economia. Fábricas produzem através de recursos que a produção consome a um ritmo diabólico, porque o ser humano, também ele tem que consumir ao mesmo ritmo. É isso que faz gerar riqueza para quem tem o poder. E enquanto o interesse for consumir, para produzir para vender para ser consumido de novo, a saúde da Terra vai ficando para trás. E essa máquina é tão poderosa, que nem os crescentes avisos de alerta através de notícias, dados científicos, documentários e artigos de opinião acerca do estado de saúde do planeta onde vivemos conseguem demover uma população intelectualmente cada vez mais preguiçosa e menos conscienciosa a tomar medidas que de uma vez por todas gerem a recessão de todo este programa.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

MARÉS VIVAS


    É este final de semana o maior festival da região. Começou por ser um festival local mas aos poucos tem ganho espaço nacional especialmente depois do declínio dos festivais de verão no Norte. Sinais do tempo e de toda o centralismo económico e agora até cultural que somos obrigados a gramar. Numa lógica menor tenho as minhas recordações de anos anteriores: A expectativa de ver Sisters Of Mercy na terra onde vivo (algo inimaginável naqueles tempos em que eram uma das minhas bandas de culto) que saiu frustrada pelo meu chefe me ter alterado o horário de trabalho; O dia em que vi os sobreviventes de uma das maiores bandas americanas de todos os tempos, os Doors; O concerto tão fantástico como inesperado da Macy Grey; Slimmy, Da Weasel, James, Goldfrapp, Morcheeba... As subidas a pé de regresso, a noite que quase fiz direta pra ir trabalhar, o dia em que saí do concerto de Ben Harper diretamente para uma ambulância que me levou ao hospital... Mas tudo valeu a pena especialmente pelo ambiente, pelas pessoas que conheci, pelas que já conhecia e me acompanharam (especialmente uma amiga muito especial, habitual companhia em todos os concertos, cervejas, caipirinhas, caminhadas, encontrões, etc.), pelo concerto de dEUS (o melhor de todos). O nome Marés Vivas está-me por tudo relacionado a boas vibrações. Apesar de tudo isto, este ano não vou. Com muita pena e mais nostalgia, mesmo que este ano o horário de trabalho até permita. Coisas da vida... A todas as pessoas a quem desde já agradeço, que me ofereceram a companhia para o festival deste ano, espero que se divirtam tanto quanto eu me divertiria. ;)

quarta-feira, 13 de julho de 2011

KASTRUS RIVER KLUB


   Falar do Kastrus é falar de orgulho! Na verdade já lá tinha estado há uns anos atrás aquando de uma edição do ROCKASTRUS em que participou a banda de um grande amigo meu, os BLISS. O espaço era na altura outro. Lembro-me pouco mas sei que fiquei bem impressionado com o local e mais com o ambiente.
   Alguns anos mais tarde, era eu que participava no mesmo concurso. A adrenalina começou no dia que recebo o telefonema a dar conta do apuramento de OLD GUN para a fase de eliminatórias. A partir desse dia foi trabalhar em conjunto com o resto da banda numa actuação que convencesse o juri e o público. A primeira eliminatória mostrou-nos então o novo espaço do KASTRUS, agora acrescentado RIVER KLUB. O local é de facto lindíssimo. Apesar disso, a primeira ideia com que fiquei é que não teria um ambiente propriamente ROCK. Mais tarde iria verificar que estava errado... A eliminatória começou por correr mal com uma entrada desconcentrada do BAD BONES logo ao primeiro segundo da primeira música. Não nos deixamos afectar e acabamos por conquistar uma boa adesão do público apesar de apenas 3 pessoas terem ido connosco. Foi fantástico ver tanta gente desconhecida a abanar a cabeça e bater o pé ao som da nossa música durante quase 25 minutos. Acabamos por ser apurados para as meia-final e a nossa maior alegria era poder lá voltar.
   Na meia-final, optamos por um novo alinhamento. O público do Kastrus merecia mais que apenas um remake da eliminatória. Desta vez tudo foi diferente. Correu-nos muito bem, talvez a nossa melhor actuação de sempre. Uma energia fabulosa, um público fantástico e a motivação extra de concorrermos com uma banda como os DYNAMITE TRUST que além de fantásticos musicalmente se revelaram fantásticos como pessoas, hoje bons amigos. Nesse dia não eram só 3 amigos que se deslocaram connosco. Conseguimos levar 2 dezenas de pessoas sendo que apenas 3 eram homens. É sempre gratificante verificar que o nosso publico são maioritariamente mulheres... e sem baladas!!!!! No fim, foi um grande convívio e com muita alegria recebemos o anuncio da nossa passagem com os Dynamite Trust á final. Era quase inacreditável!!!
   E chegamos ao dia da final. Pessoalmente foi o pior para mim. Tive a trabalhar até á ultima hora e o convivio vespertino, o jantar com a malta e todo esse ritual simplesmente não aconteceu. Além dos nossos amigos de Guimarães, também lá estiveram outros grande amigos do Porto: Os ONE BIG MOB. Prazer a triplicar por isso. Os concertos em si correram bem. Os nossos amigos apoiaram-nos em peso. Fiquei surpreso com tanta cara conhecida a 70 kms de casa. As nossas amigas revelaram uma surpresa: Oculos de sol, chapéus e T-shirts que nós desconheciamos... Fantástico! No fim vencemos! A nossa primeira vitória num concurso, e logo num dos mais prestigiados de todos. As nossas amigas ganharam o prémio de melhor público que eu desconhecia existir. O BAD BONES, depois de um mau começo na 1ª eliminatória acabou a vencer o prémio de melhor baterista e a nossa aposta no de presença em palco foi um sucesso. Pessoalmente não ganhei o prémio de melhor guitarrista por 3 motivos: 1- Porque o júri viu mesmo todos os concertos. 2- Porque o jurí não estava a cair de bêbado. 3-Porque o jurí não é maluco e entende de música!No fim o orgulho era total. Orgulho em mim, em nós e em quem nos apoiou. Satisfação total!
   E eis que chega o epílogo da história. Quando via o ROCKASTRUS como uma doce recordação a afastar-se como um barco da costa, tenho outra surpresa: A página do KASTRUS RIVER KLUB no facebook ostenta uma foto minha em palco durante a final! E falar do Kastrus continua a ser falar de muito orgulho, muita honra e muita satisfação!  Obrigado por tudo!

EU, MR. GASOLINE


Como tudo precisa de um início, este é o meu! Permitam que me apresente. Eles chamam-me MR. GASOLINE. Depois de tantas alcunhas desde a primária a passar por família, vários circulos de amigos etç, eis que aparece uma com que eu simpatizo, não pelo nome em si mas mais pelo que representa. Não se trata de nenhuma gasolineira estar por trás por questões publicitárias, apenas pela opinião de um grande amigo que um dia me "baptizou" assim por eu, no entender dele, ser a gasoline que movia OLD GUN (a minha banda). O nome colou e hoje ostento-o com muito orgulho!