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Welcome to my world |
O que tenho eu a dizer acerca de fotografias? Confesso q nunca fui grande adepto. Talvez por me sentir pouco fotogénico, nunca achei grande piada a esse ritual de fazer pose para uma camera num qualquer evento social. Grande parte da minha vida nem sequer está documentada. No entanto a maior parte das pessoas que me rodeia felizmente não pensam assim e fruto da persistência de vários amigos, lá vou ficando com alguns momentos registados para a posterioridade. São uma pequena parte deles que partilho agora convosco:
Blá Blá 2009: Cá está um exemplo. Um momento muito especial! Tinhamos acabado de mudar de formação e o nosso ritmo de concertos ao vivo estava a zero. Já não tocavamos há bastante tempo quando nos surge um convite tão honroso quanto inesperado. Uma banda já com algum relevo no panorama rock portuense, os Mean Rock Machine, aparentemente encontraram-nos no myspace e convidaram-nos a abrir o concerto deles. Se fosse hoje diria que tivemos muitas falhas, mas para a altura foi soberbo, um concerto cheio de alma, para não falar da excelente moldura humana. Senti a partir daí que os dados estavam lançados e Old Gun era uma máquina em andamento que já nada a poderia parar. Estreia ao vivo nos coros vocais, também por isso foi um marco.
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Matosinhos 2009 |
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Corroios 2011 |
Optimus alive 2009: Calma, não tocamos lá. Estivemos apenas como tanta gente a assistir a Placebo, Prodigy, Blasted Mechanism... Mas nada disso nos empolgava. O nosso objectivo era bem diferente e mais focalizado: Uma banda norte-americana, desconhecida da maioria dos portugueses que ia tocar 40 minutos ás 6 da tarde. O seu nome? Eagles Of Death Metal. Foi um dia inesquecível em que eu, o Pepper e o Panic (o nosso ex-baterista que não está na foto porque alguém a tinha de tirar) nos fizemos à estrada 2 vezes fazendo Gaia-Algés-Gaia em menos de 20 horas. Valeu por tudo, em especial pelo concerto absolutamente fantástico dos EODM e ainda como bonús, conseguimos uma foto com o seu frontman, e nosso ídolo, Jesse "the devil" Hughes. A perfect day...
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Pepperboy/Jesse Hughes/Gasoline |
United in Sound 2010: 6 de agosto e jogavamos em casa. No único concurso que participamos em Vila Nova de Gaia, a organização resolveu juntar as bandas a concurso (2 por noite) com uma das bandas consagradas que faziam o festival Rock ás Sextas. A nós calhou-nos em sorte... os Mão Morta. Foi mais uma noite inesquecível, partilhar o palco com esse mito conhecido por Adolfo Luxúria e Canibal e companhia. O concerto em si correu-nos muito bem e a moldura humana que compunha o largo do mosteiro da Serra do Pilar era impressionante. Palco de dimensões estrondosas, com som e luz à profissional... Não ganhamos, mas participar já foi o prémio que nunca imaginamos anteriormente.
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Num grande palco |
Rock n Bee 2011: Mais um concurso, desta vez em Mondim de Basto. Este teve o condão de ser especial também pelo "anfitrião" que lá tivemos. Nada menos que um grande amigo meu que uns tempos antes se havia mudado para lá. Pelo reencontro era também uma data aguardada com grandes expectativas por mim. Quanto à eliminatória, o doce sabor do reconhecimento bateu-nos na porta ao de leve. Nunca até aí tinhamos ganho nada... e também não foi em Mondim... no entanto deparamo-nos com uma banda de uma qualidade brutal. Vinham de Guimarães e davam pelo nome de Dynamite Trust. Traziam uma verdadeira legião de fans com eles, o que deu um ambiente fantástico à noite. O resultado foi soberbo: passamos à final. Nunca antes sentimos esse sabor, o de sermos reconhecidos como merecedores de seguir em frente num concurso quando do outro lado estava uma banda tão boa. Foi uma viagem de regresso absolutamente em alta, a relembrar pormenores, emoções, etc.
Com os nossos amigos Dynamite Trust |
Guimarães em peso, nós e uma foto memorável |
Quinze dias depois voltamos ao mesmo local, desta vez para a grande final. As outras bandas finalistas eram os "incríveis" de Almada Red Lizzard, e uma banda do Porto que já em tempos se haviam cruzado connosco, os Qing of Qong. Fomos nós quem fechou o concurso. Foi uma boa actuação em que não faltou nada: garra, paixão, atitude... até amigos que quiseram partilhar connosco aquele momento, à excepção, com grande pena minha, do anfitrião Manel que nesse dia não estava por Mondim. Alguns foram de tarde connosco, outros foram lá ter para o jantar, e houve até quem fosse sozinha vinda de uma outra cidade mais a norte (um procedimento que haveria de se tornar num hábito, que muito valorizo e do qual me faltam as palavras para descreve-lo). No fim, a votação do juri para o primeiro lugar saldou-se num empate. E a decisão do desempate ãcabou por ser favorável aos Qing Of Qong connosco a ocupar o honroso 2º lugar à frente dos Red Lizzard que um par de meses depois, muito justamente, haveriam de abrir o concerto de Bon Jovi em Alvalade. Ficou sobretudo das duas noites uma fantástica camaradagem que as fotos registaram.
O Encanto da Cidade-berço |
Amizade sem preço: Sempre me considerei uma pessoa com sorte. Os amigos à minha volta não me param de surpreender com as suas manifestações de carinho e amizade. Essa é para mim a grande motivação que encontro nos dias que as coisas não correm bem, onde o som não presta, ou o palco não tem condições, ou o espirito está mais em baixo...
"Baby" Lady Sue |
São de facto eles/elas que me fazem sentir com a confiança necessária quando tudo o resto falha, ou quando as coisas até correm bem, a grande recompensa nunca é um cheque, nem um convite para novo concerto, para agenciamento, nem os elogios de alguns músicos muitas vezes presentes nos locais.. A grande recompensa é para mim o divertimento, o bater do pé, os movimentos de dança ou simplesmente o sorriso daqueles que me dizem algo. Só assim as coisas me fazem sentido. O que seria de uma grande actuação sem público para a admirar? Qual o propósito de tocar rock sem conseguir divertir ninguém? Sempre tive para mim que um concerto não precisa de ser um work-shop de técnica musical. E quem melhor para nos fazer lembrar disso que não o divertimento de quem assiste?
A Eterna Princesa |
Na impossibilidade de referir toda a gente que eu gostaria pessoalmente, faço uma homenagem desta vez a 3 amigas muito especiais que cada uma à sua maneira têm-me feito sentir também eu especial. Ora se deslocam sozinhas desde Guimarães para onde quer que esteja Old Gun, ora nos seguem desde o início para toda e qualquer parte, ora porque apanham o comboio a meio e não mais o largam. Mesmo dias de semana prejudicando, e de que forma o sono, elas têm estado lá. Sempre que algo falha, tenho nelas a certeza de uma palavra de conforto. Sempre que tudo é apoteótico, lá estão elas para partilharem a alegria do momento comigo.Tendo eu o privilégio de ter amigas assim como posso não ser um homem feliz?
Rockastrus 2011: E a glória bate à porta! Em Julho de 2011 caía o mito! Finalmente ganhavamos um concurso! E que concurso!!!! Bandas como One Big Mob, Approaching Solaris, Comboio Fantasma, Cratera e os nossos já conhecidos Dynamite Trust estavam na corrida e nós conseguimos vencer. Claro que em todos os concursos há sempre o factor subjectivo mas ser premiado com a vitória, é sempre muito gratificante, ainda por cima com bandas desta qualidade. Começamos por conquistar a atenção do público de Esposende na 1ª eliminatória onde fomos apurados juntamente com os Cratera.
Na semi-final, o nosso concerto perfeito e os Dynamite Trust a acompanharem-nos na viagem até à final, onde juntamente com os caseiros Approaching Solaris e outros amigos do Porto, os grandes One Big Mob fizemos de uma noite junto ao Cávado uma verdadeira festa de convivio, amizade e muito rock.
No fim a vitória parecia-nos irreal, tal era a felicidade. Vencemos também o prémio de melhor banda em palco, que era desde logo a nossa grande aposta, e a exuberância do Bad Bones valeu-lhe o prémio de melhor baterista do concurso. Por fim, como não podia deixar de ser, uma palavra para o nosso público, eleito o melhor das 4 bandas: Fantástico!!! Ultrapassou-nos claramente no brilhantismo. Chapéus, óculos de sol, T-shirts estampadas, e tudo com a agravante de conseguirem manter o segredo até ao fim. A surpresa que tivemos foi imensa e a realização pessoal plena.
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Poucos mas bons no início |
Em plena final |
No fim a vitória parecia-nos irreal, tal era a felicidade. Vencemos também o prémio de melhor banda em palco, que era desde logo a nossa grande aposta, e a exuberância do Bad Bones valeu-lhe o prémio de melhor baterista do concurso. Por fim, como não podia deixar de ser, uma palavra para o nosso público, eleito o melhor das 4 bandas: Fantástico!!! Ultrapassou-nos claramente no brilhantismo. Chapéus, óculos de sol, T-shirts estampadas, e tudo com a agravante de conseguirem manter o segredo até ao fim. A surpresa que tivemos foi imensa e a realização pessoal plena.